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Em primeiro lugar vou comentar este post… porque sim. E depois não poderia de deixar de o fazer… porque não. No entanto não me deverá acontecer nada, e porquê? Não faço ideia, mas poderá ser porque sim, ou porque não, disso estou eu certo.
Estupidez à parte, aproveito para opinar sobre um assunto que de facto é sério: a interrupção voluntária da gravidez!
Já há muito que formei a minha opinião sobre este tema, mas garantidamente não foi de ânimo leve, senão vejamos: se há 23 anos atrás um pouco antes de eu nascer (vá lá, 26 anos e uns pozinhos) o aborto fosse despenalizado, e se a minha mãezinha soubesse o que aí vinha, se calhar tinha ficado num balde, ou misturado com molho de soja num restaurante chinês.
Isto a ter lugar seria uma verdadeira chatice para mim, porque para alem de não poder estar aqui a escrever estas palavras de grande elevação cultural, também não poderia ir verter umas água (pois neste momento estou muito aflitinho) e passar por todo aquele processo: lava as mãos, suja mais ou menos as mãos, lava as mãos outra vez.
Quebrados ficariam também os laços de ternura familiares, ainda me lembro, como se fosse ontem, de pedir colinho à minha mãe, ao que ela respondia: - tem juízo, tens 22 anos e pesas noventa e um garrafão de cinco litros de água serra da estrela, já me chegou andar contigo ao colo até aos 16 anos, quando tinhas um metro e cinquenta e três e pesavas oitenta e quatro quilos, e as minha amigas perguntavam-me se ia jogar basket, graças a isso tenho uma hérnia discal um pivot de porcelana e duas varizes no gémeo esquerdo.
Que bonito, fico sempre emocionado com estas memórias!
A verdade é que o direito à vida não pode ser ignorado, mas o mesmo não deverá prevalecer sobre a vida que o origina. Ontem ouvi uma frase que até fazia algum sentido: o sim é mais tolerante que o não! Quem não quer abortar não o faça mas que haja a hipótese para quem por necessidade tenha que recorrer a ela. Agora em rigor, também não é para andar para aí na rambóia truca truca e depois como o outro diz: - não há bilhetes para o cinema, vou ali fazer um aborto.
Para a mulher deve ser mais doloroso (e não falo de dor física) fazer uma intervenção destas que eu rapar as virilhas com cera fria, o que eu só faria num caso de vida ou de morte, e ao que penso que a Mulher nunca o fará (o aborto, não a cera, pois isso é mais normal) sem a ponderação e subsequente sofrimento provocado por uma decisão destas.
Por isto e muitos mais argumentos que poderia aqui esgrimir, eu sou pelo Sim.

Patrício “gosto muito de Mulheres e confio no seu discernimento, não me alheando que no dia 11 de Fevereiro de 2007 lá estarei para cumprir o meu dever” Portugal

P.S: eu sei que a explicação não é das melhores, mas acho que a parte da cera fria é bem metida!
 

Será que vamos conseguir discutir um assunto sério num post do gato fedorento?

Eu por mim já me decidi faz tempo, voto sim, com a consciência que as mulheres não vão optar pela IVG como método anti concepcional porque os preservativos lhes fazem urticária ou porque simplesmente gostam mais assim...ao natural!

Estamos perante um problema de saúde pública que tem de ser resolvido urgentemente, é triste pensarmos que milhares de mulheres portuguesas são anualmente raspadas em vãos de escada, para dentro de baldes, por 150 Euros.

É ridículo pensar que alguém consciente vai tomar esta decisão de animo leve, ao votar sim estamos a permitir um direito de opção.

Pessoalmente, não sei se o faria (apesar de muitos argumentos que existem por aí, acho que os homens têm uma palavra a dizer), mas não posso deixar de permitir que outra pessoa o faça.

.........Se bem que a proibição da IVG também tem uma grande vantagem...as MILFS!
Imaginem a quantidade de MILFS que deixam de existir caso lhes seja dada a opção....

Porra.....vou pensar mais um bocadinho!

J “a juntar à descrição supra das raspadelas no vão de escada..imaginem que aquele que raspa tem a mania de não lavar as mãos depois...como o PP” Cortegaça
 

Bom... vou lançar a confusão e como o tempo me escapa por entre os meus dedos lavadinhos, serei breve:

1 - Até que semana de gravidez é que pensam que será "válido" abortar?

2 - Porquê essa semana ou mês?!

3 - Reconhecem algum valor, ou seja, que existe um bem jurídico a proteger, em relação ao embrião, feto, etc...?!

4 - Se sim, e isto não é brincadeira, tendo em conta que a vida vale 10 (vida no conceito de já ter nascido entenda-se), quanto é que davam ao embrião?! Podem escalonar a resposta.... 2 semanas vale 1, 4 semanas, vale 2... por aí fora!!

5 - Em relação ao direito e bem jurídio a proteger que é a liberdade de a mulher ter ou não a gravidez, quanto é que avaliam esse bem de 0 a 10?! Tentem não ser influenciados pela vossa posição pré-concebida e pelo que responderam atrás e lembrem-se que partimos do pressuposto que a vida vale 10! Em principio esta será uma resposta exacta mas também a podem escalonar... quanto maior o tempo de gravidez menor será o bem da liberdade em interrompê-la!!

Assim, independentemente do que já leram e escreveram a vossa opinião em relação ao aborto é o resultado da curva entre os dois valores em causa, nas perguntas 4 e 5, sendo que a resposta à pergunta 5 origina, em principio uma curva estável!
Onde o ponto se interceptar é a vossa resposta....

No mesmo quadro, na linha de baixo (horizontal) estão os valores a atribuidos ao tempo de gravidez e ao tempo do feto. Na linha vertical está o valor do bem... para o tempo de gravidez é decrescente para o tempo do embrião é crescente...

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Onde a linha cruza é a vossa opinião sobre o assunto, porque em causa estão dois bens juridicos, sendo o busilis da questão saber onde temos o X...

Hugo "esta teoria tem direitos de autor que são meus, nunca vi nada disto em lado nenhum, foi apenas o resultado da visão de jurista sobre o assunto... espero que vos ajude pelo menos a objectivar o matéria... peço desculpa pelo quadro (é dificil desenhar aqui) mas acho que ilustra o que penso... os valores é que não sei bem como os solocar... tenho que aperfeiçoar isto... vou registar esta patente/ideia/marca.... nem me parece assim tão descabida... enfim..." Teixeira

P.S. Viva as mulheres e os fetos e abaixo todos os extremistas, tanto os do Sim como os do Não... eu cá fico-me pelo centro... já sabem.... "não sei"....
 

Tal como o Alfredo diz:

"Não querem engravidar usem a boca e o cu! Putas do caralho!!"

Eu voto SIM!!!

A cena da boca e do cu, também voto sim.
Vivam as babes!!!

Tiago "estou com o Alfredo e com todos voçês" Madeira
 

Depois de ter colocado este post parodiando (excelente imitação) o conhecido Marcelo Rebelo de Sousa (que vota não) esperava , claro está, reacções a um tema que tem estado em discussão diária nas rádios, jornais, tv´s, etc...

Deixo desde já uma palavra de apreço às pessoas que já o comentaram (em tom sério e com argumentos válidos). Tex Camolas, essa tua tabela é de valor, mas penso que não aplicável numa situação destas).

Agora o que me parece estranho é a argumentação que li de dois membros da comunidade.
Respeito o vosso sentido de voto, mas argumentos como "não estou para pagar com os meu impostos" e o outro que nem sequer me vou dignar a transcrever são argumentos insípidos, que não levam a lado nenhum e o último dos quais de muito mau gosto, na minha opinião.

Aparte isto, deixo aqui também a minha opinião acerca do tema em voga nos dias que correm.

O aborto vai continuar a existir ganhe o sim ou o não, e cabe-nos a nós definir em que condições os mesmos serão feitos. De forma dissimulada, perigosa ou de forma legal e segura?

Quem tem $ estará sempre à vontade (Espanha é já aqui...), quem não tem que se aguente? Será justo?

Acham que todas as pessoas têm acesso à mesma educação que nós temos ou que todas as pessoas sabem o que devem fazer aquando determinadas situações?

O que mudará o não? (ficará tudo na penumbra na mesma e com os mesmos riscos - elevados)

Será que na União Europeia 22 países estão errados ao permitirem a legalização do aborto)?

Ao fazer um aborto a mulher é criminosa, segundo o não. Não me parece que assim seja!

Preferem que quem não possa abortar tenha os filhos para depois os abandonar na rua, em caixotes do lixo, abandonados à sua sorte (ou morte) como muitas vezes acontece?

Será justo pagar-se a vida toda por um erro que poderá ter sido cometido num momento indevido? Quem poderá pagar as consequências além da mãe, será a própria criança que não tem culpa nehuma.

Será que o que está liberalizado actualmente não é o sim clandestino?

Quando a mulher está grávida será obrigada a ter um filho? Não poderá escolher? (Há tantos factores que podem levar a não poder ou querer ter a criança - Caso não queira e seja apanhada vai presa? Será isto justo?)


Numa sociedade ideal, preferia votar não, mas como não a temos nem teremos, voto sim, já que as condições ideais não existem, logo temos de pensar no que nos rodeia e não naquilo que temos, conhecemos, porque há muito boa gente que infelizmente tem pouco ou nenhum acesso a determinadas coisas (como educação,saúde, entre outras, por exemplo).

Nuno "dia 11 lá estarei" Alves

ps: como é lógico não voto Sim para que se aborte por tudo e por nada, até porque uma situação destas não é resolvida de ânimo leve.
 

É claro que como de custume brincamos por tudo e por nada, chegamos ao ridículo de falar coisas como se lavamos ou não as mãos antes e depois de fazer xixi, logo não vejo qual é o problema de gozar com este assunto.
Respondendo ao sr Nuno Alves que fortemente críticou o meu comentário, caro amigo eu no teu lugar punha mas é a viola no saco porque tu nunca na tua vida passaste por isso!!!! Não querendo falar demais, não penses que é e animo leve que qualquer mulher faz um aborto, caso não saibas meu amigo, após a operação há uma consulta com um psicólogo de forma a ajudar a pessoa a ultrapassar esse momento que é e será sempre horrível para a mulher, e digo-te que não são só elas que ficam afectadas pela situação nós homens também ficamos algo abalados, porque tal como elas temos que tomar a decisão de "matar" algo que poderia ser o nosso filho...
Sou a favor do sim, e não acredito que o acto de fazer um aborto se torne algo banal como ir á esquina comprar pão.

Caro Alves não fales das cenas sem passar oir elas, e acima de tudo não jugues sem saber a realidade de cada um.

Tiago "contra críticas de merda!!" Madeira
 

Não pensava voltar a escrever acerca deste assunto, porque o que disse no meu comentário anterior, julga eu, seria esclarecedor do meu ponto de vista.


Respondendo ao caro Tiago Madeira, em 1º lugar digo desde já que critiquei o seu comentário apenas pelos termos e propósitos nele inseridos. Parece-me que um assunto deste teor dispnsaria os
mesmos.

Em 2º lugar é óbvio que ninguém (acho eu) faz um aborto de ânimo leve e não sofra psicoligicamente (além da dor física claro) com o mesmo. Daí, mais uma razão para o SIM, já que aqui é garantido o tal apoio à mulher que o deseje fazer.

Em 3º lugar e por fim, não diga para eu por a viola no saco por nunca ter passado por isto , já que há sempre alguém que já passou por esta situação...

Espero tê-lo esclarecido de vez sobre o meu ponto de vista e espero que da próxima vez leia atentamente o que aqui é escrito para não fazer comentários como o anterior.

Obrigado,

Nuno " votem sim ou votem não, mas votem" Alves
 

E votas não por essa razão Ricardo Afonso?

Tudo bem...De facto há países, como na Alemanha em que as mulheres pagam do seu próprio bolso, mas isto só se tiverem um salário superior a 900 euros (o que na Alemanha não me parece difícil) e em contraste tens a Bélgica onde se paga uma taxa moderadora de apenas 3 euros. São leis diferentes em realdidades distintas, mas todas despenalizam o acto, o que é o mais importante parece-me.

No que diz respeito ao nosso país, não penso que se o SIM ganhar vá haver assim tanta mais despesa no serviço nacional de saúde. As pessoas não são número nem podemos estar a pensar em $ nestes casos, pq ninguém aborta (repito) por dá cá aquela palha, apenas se torna isto numa coisa legal e segura. Este é o ponto fulcral quanto a mim.

E há tanto $ mal empregue por aí e tantas pessoas a fugirem aos impostos, a ficarem com $ dos fundos comunitários, etc...que não vai ser a despenalização que vai fazer com que pagues mais impostos (já chegam os que existem, chiça).

Por último, realmente parece pouco crível que hoje em dia haja quem não saiba ou desconheça como se pode engravidar..nisso concordo, mas também há que dizer que os meios contraceptivos são falíveis ou não???

Nuno "a defender o seu ponto de vista " Alves
 

Respeito o que disseste e até posso concordar que essas situações acontem com alguma frequência, mas penso que é uma visão um pouco redutora de todo o problema.

Pagar pelos descuidos dos outros? não colocaria a questão nesses termos mas pronto...

Já disse o que pensava e nao o vou repetir.

Um bem haja a todos os que estão a contribuir de uma forma séria para a discussão desta questão, apesar do vídeo de apresentação do mesmo não servir de exemplo. lolol

Nuno Alves