sexta-feira, março 24, 2006
Portugal tem funcionários públicos a mais
O Estado em Portugal, pela dimensão crescente que vem assumindo nos últimos 15 anos, constitui um empecilho de monta para a competitividade da economia do país.
Há que reduzir a despesa corrente sem juros da dívida pública em 25% a 33%, atingindo a dimensão comparativa de uma Irlanda ou de uma Espanha, que surgem como bons exemplos a seguir.
Se o objectivo é o de reduzir a burocracia e os custos indirectos para as empresas e para os cidadãos, se se torna imperioso baixar a carga fiscal para atingir maiores níveis de competitividade internacional neste campo, atraindo de novo o investimento directo estrangeiro, então, há que encarar frontalmente a redução do número de funcionários públicos
Para financiar uma operação deste calibre seria necessário criar um fundo especial, constituído com receitas de privatizações e com a venda de parte do ouro do Banco de Portugal.
Lamy
Há que reduzir a despesa corrente sem juros da dívida pública em 25% a 33%, atingindo a dimensão comparativa de uma Irlanda ou de uma Espanha, que surgem como bons exemplos a seguir.
Se o objectivo é o de reduzir a burocracia e os custos indirectos para as empresas e para os cidadãos, se se torna imperioso baixar a carga fiscal para atingir maiores níveis de competitividade internacional neste campo, atraindo de novo o investimento directo estrangeiro, então, há que encarar frontalmente a redução do número de funcionários públicos
Para financiar uma operação deste calibre seria necessário criar um fundo especial, constituído com receitas de privatizações e com a venda de parte do ouro do Banco de Portugal.
Lamy
Comments:
<< Home
A demagogia barata também já chegou a este blog. A velha táctica de arranjar um bode expiatório para desviar as atenções. Ou de atirar poeira para os olhos das massas acéfalas.
Não sei porque é que o Sr Lamy não refere os empresários que em vez de pagarem os seus impostos e a segurança social dos seus trabalhadores, gastam o guito em carros de grande cilindrada, em garrafas de champanhe(e em algo mais, com certeza) nos bares de alterne, e depois abrem falência. É a chamada modernização e reestruturação da industria portuguesa?
E os fundos de formação profissional que nunca chegou a ser dada? E os subsídios para a agricultura que acabaram transformados em jipes? A culpa também é dos funcionários públicos (doravante referidos como f.p.)?
Já agora, como comenta o facto de os particulares portugueses serem, juntamente com os italianos, os piores pagadores da europa?
Mas os clichés e ideias feitas continuam. Surgiu um novo palavrão, o da competividade fiscal, por causa de paises da antiga cortina de ferro que aderiram à U.E.
Mas qual é a competividade fiscal da Suécia, Dinamarca, Noruega ou a agora tão querida Finlândia? Todos esses paises tem cargas fiscais de perto de 50% (carga fiscal aqui entendida como o montante do rendimento que é utilizado para pagar tributos - Para comparação, a de Portugal anda à volta de 35%).
Segundo um recente estudo, todos esses paises encontram-se entre as 10 paises mais competitivos do mundo em termos económicos. Mas nós queremos comparar-nos com a Estónia e a Eslováquia!
Outras destas fabulosas receitas, defendidas por pessoas que tem conduzido a economia portuguesa ao belo estado em que se encontra, como os Srs. Miguel Cadilhe e Vítor Constâncio (que só por acaso também não se cansam de apregoar que há f.p a mais) é a venda de ouro.
Exactamente a primeira medida das famílias gastadoras que herdam bens de familia.
E quando não houver mais nada para vender, qual será a desculpa?
Quanto ao senhor Hugo "há repartições de finanças a mais" Tex, vá ver quantos habitantes a Suécia tem. Sabendo que a mesma tem 1.2 milhões de f.p., é fazer as contas, como diria um ex Primeiro Ministro, e matemáticamente teremos o resultado do porque dessa nação ter a pobre qualidade de vida que tem.
Há é que imitar a Eslováquia, ou melhor ainda, a Chindia (outro palavrão modernaço, como os economistas e os empresários bem pensantes gostam, significando o conjunto da China e da India). Pode ser que um dia fiquemos igual a eles. Já faltou mais!
Façam mas é como os vossos "role models" (em economês, um pouco da língua de Dickens fica sempre bem) e ponham-se no Elefante Branco.
Nuno Balacó - Funcionário Público
Enviar um comentário
Não sei porque é que o Sr Lamy não refere os empresários que em vez de pagarem os seus impostos e a segurança social dos seus trabalhadores, gastam o guito em carros de grande cilindrada, em garrafas de champanhe(e em algo mais, com certeza) nos bares de alterne, e depois abrem falência. É a chamada modernização e reestruturação da industria portuguesa?
E os fundos de formação profissional que nunca chegou a ser dada? E os subsídios para a agricultura que acabaram transformados em jipes? A culpa também é dos funcionários públicos (doravante referidos como f.p.)?
Já agora, como comenta o facto de os particulares portugueses serem, juntamente com os italianos, os piores pagadores da europa?
Mas os clichés e ideias feitas continuam. Surgiu um novo palavrão, o da competividade fiscal, por causa de paises da antiga cortina de ferro que aderiram à U.E.
Mas qual é a competividade fiscal da Suécia, Dinamarca, Noruega ou a agora tão querida Finlândia? Todos esses paises tem cargas fiscais de perto de 50% (carga fiscal aqui entendida como o montante do rendimento que é utilizado para pagar tributos - Para comparação, a de Portugal anda à volta de 35%).
Segundo um recente estudo, todos esses paises encontram-se entre as 10 paises mais competitivos do mundo em termos económicos. Mas nós queremos comparar-nos com a Estónia e a Eslováquia!
Outras destas fabulosas receitas, defendidas por pessoas que tem conduzido a economia portuguesa ao belo estado em que se encontra, como os Srs. Miguel Cadilhe e Vítor Constâncio (que só por acaso também não se cansam de apregoar que há f.p a mais) é a venda de ouro.
Exactamente a primeira medida das famílias gastadoras que herdam bens de familia.
E quando não houver mais nada para vender, qual será a desculpa?
Quanto ao senhor Hugo "há repartições de finanças a mais" Tex, vá ver quantos habitantes a Suécia tem. Sabendo que a mesma tem 1.2 milhões de f.p., é fazer as contas, como diria um ex Primeiro Ministro, e matemáticamente teremos o resultado do porque dessa nação ter a pobre qualidade de vida que tem.
Há é que imitar a Eslováquia, ou melhor ainda, a Chindia (outro palavrão modernaço, como os economistas e os empresários bem pensantes gostam, significando o conjunto da China e da India). Pode ser que um dia fiquemos igual a eles. Já faltou mais!
Façam mas é como os vossos "role models" (em economês, um pouco da língua de Dickens fica sempre bem) e ponham-se no Elefante Branco.
Nuno Balacó - Funcionário Público
<< Home