segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Eleições

Todos os candidatos afirmaram que os rivais tinham arruinado o país - sobretudo devido a catastróficas medidas de política económica - e que eles próprios, tendo uma oportunidade ou uma XXVII oportunidade, eram capazes, à força de braço ou de engenho, de porem o nosso país no caminho certo.

Do ponto de vista da sua acção face ao país a situação seria preocupante se tivessem sido defendidas as teses: "vamos de mal a pior". Mas não foram. Todas as teses defendidas eram optimistas. Somos capazes de resolver o problema. Foi pura propaganda eleitoral. Sem dúvida - mas vocês votaram. A propaganda foi eficaz.

Mais. Sobre quem foi eficaz a propaganda? Sobre o eleitor, simples destinatário da mensagem. Se foi eficaz sobre o simples e pobre destinatário, por maioria de razão foi eficaz sobre o autor da mensagem: o vencedor, se no começo da campanha eleitoral estava pessimista, saiu dela optimista. É uma lei universal da psicologia humana: não devemos dizer nada em que não acreditemos porque passamos a acreditar.

E se for mentira? Se estamos todos enganados? Com efeito, podemos estar convencidos e enganados: julgamos salvar o país e o dito não tem salvação...

Lamy

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